As famílias são a base de nossa sociedade e de nossa
nação. Todavia, infelizmente, em nosso século XXI, muitas
estão mergulhadas num sono de indiferença e de interesses pessoais, que conduz
os seus membros a um assustador e impressionante “caos familiar” . De modo
lamentável e sem uma causa real, está acontecendo à separação de muitos casais,
o aumento da liberdade sexual dos homens e o consequente recrudescimento da
emancipação sexual precoce da mulher, inclusive, com o absurdo crescimento de
uma anormalidade totalmente irracional: das mulheres procurarem ser mães mesmo
não estando casadas!
Esta realidade levou muitos pesquisadores a buscarem
caminhos para explicar aquelas ocorrência, atribuindo-as principalmente, a
secularização dos costumes, com o gradual e continuo afastamento de Deus e das
coisas sagradas, numa verdadeira dessacralização dos costumes. Também não pode
ser esquecida, a irrestrita permissividade, atitudes de emacipação assumidas
por jovens e adultos, em busca de uma liberdade que escraviza, que fere e
distorce os conceitos da moral, da harmonia e da fidelidade. Junto com estes,
muitos outros acontecimentos têm contribuído para o “caos familiar”, clamando
por uma providência eficaz e imediata de cada pai e de cada mãe de família, que
amam os seus filhos e quer a plena e total felicidade de cada um deles. Isto
porque, a continuidade e o crescimento destes fatos, poderão conduzir a uma
incontrolável “violência”, que resultará na companhia de uma abominável
“impiedade”, aprofundando de modo terrível e perigoso a decaída moral, que
envolta pelo ódio e pela irracionalidade fatalmente conduzirá as famílias ao
abismo mais profundo da infelicidade! Por isso mesmo, torna-se imperioso, muito
mais importante e merecedor dos melhores cuidados, a educação e o exemplo que
os Pais devem dar aos seus filhos.
A responsabilidade dos Pais e Padrinhos deve ser
assumida com consciência e decisão, a fim de que as crianças recebam em
plenitude, os benefícios de uma harmoniosa e digna vivencia familiar. É assim
que devem procurar viver como autênticos cristãos, no trabalho, no lar e no
lazer. O “bom exemplo” que demonstrarem, será o melhor ensinamento para as
crianças e sem dúvida, será uma contribuição concreta para a boa formação do
caráter dos filhos e afilhados. Uma palavra de conselho ou repreensão, tem a
sua validade nos momentos oportunos e adequados. Todavia, o “bom exemplo” dos
Pais e também dos Padrinhos, são muito mais importantes e atuam decisivamente
na vida do adolescente.
Isto significa dizer, que se
os Pais e Padrinhos desejam que os seus filhos e afilhados sejam obedientes,
dedicados ao trabalho, pessoas normais e tementes a Deus, comecem a educá-los
desde criança, não se esquecendo todavia, de iniciar primeiro com a educação
deles, ou seja, com a educação que eles precisam ter a fim de podê-la
transmitir de modo eficiente e real aos seus filhos.
Vamos citar alguns exemplos para que o assunto fique
bem claro:
1 – A mãe que trata os filhos na base do grito e da
tapa, sem qualquer diálogo, não precisa esperar outro resultado. À medida que
as crianças crescerem instintivamente vão dar o “troco”. A experiência comprova
que aquelas crianças darão origem a pessoas cada vez mais violentas e
agressivas.
2 – O pai que diante da televisão fica
"elogiando" as mulheres que aparecem na tela, além de faltar com o
respeito e consideração à própria esposa, enfraquece os laços da autoridade
paterna e estimula o desejo da sexualidade nos seus filhos. Estas mesmas
considerações são endereçadas as mães que têm igual procedimento diante da
televisão, elogiando os homens que aparecem na tela.
3 – Pai ou Padrinho que gosta de ostentar o título
de “conquistador”, inclusive que gosta de olhar para todas as mulheres na rua
ou na praia, com certeza vai colocar uma terrível “minhoca” na cabeça de seus
filhos, desenhando em seu subconsciente um conceito errado sobre a verdadeira
vida em família. Estas mesmas considerações são endereçadas também as mães que
têm igual procedimento em casa, na rua, ou na sociedade que frequentam.
4 – Mãe ou Madrinha que usam vestidos “muito
decotados” , e também “muito curtos” ou “muito apertados” para realçar as suas
formas, distorce completamente o sentido da boa moral familiar, deixando
confusa a cabeça de um jovem em formação, ocasionando as reações mais diversas,
como por exemplo: nervosismo, rancor, gestos bruscos, que são manifestações que
atestam o repúdio do jóvem a aquele comportamento. Há homens que apreciam esta
vaidade das mulheres e até aplaude! Mas com certeza, a maioria não desejaria
que esta realidade acontecesse com as suas esposas e com as suas filhas.
5 – Por isso mesmo, cuidado com as Novelas da
Televisão! Cuidado com os seus abomináveis exemplos. Muitas delas induzem ao
crime, ao vício da bebida ou da droga e primordialmente, convida ao exercício
do sexo prematuro, ao adultério, a traição conjugal, a briga entre os casais,
assim como a separação e a busca de uma situação financeira confortável "a
qualquer preço". Os Pais devem estar atentos e devem dar aos filhos uma
explicação lógica e correta, sobre algum comportamento desajustado que for
evidenciado na TV.
É extremamente edificante os
Pais, nas oportunidades certas, procurar orientar os seus filhos pelo caminho
do “bem”, dando o bom exemplo, estando sempre abertos ao diálogo, evitando “as
mentiras”, sendo autênticos nos conselhos e orientações, ensinando o procedimento
correto na convivência do lar e no ambiente social em que habitam, sobretudo,
ensinando-os a rezar, a conhecer e amar a Deus. A presença do Senhor é
primordialmente necessária no cotidiano da família. Por isso, ela deve ser
cultivada com insistência e sinceridade.
Assim sendo, os Pais devem dispor de um tempo,
pequeno que seja, para ensinar os filhos a rezar e lhes instruir com algum
conhecimento de religião. Por isso, na faixa de idade recomendada, devem
colocá-los no Catecismo Paroquial, a fim deles poderem conhecer os fundamentos
da religião, os quais são importantes e necessários a vida de todos nós.
È necessário também, que as crianças acompanhem os
seus pais nos passeios, nas compras, no lazer, na Igreja, a fim de que possam
adquirir o hábito de valorizar ainda mais a companhia dos pais e assim, possam
sentir prazer em copiar o bom exemplo, os ensinamentos e todas as suas
orientações paternas.
Ao transmitir a educação aos seus filhos, os Pais
deverão também ter o cuidado de lhes ensinar o comportamento correto dentro da
Igreja, mesmo antes das celebrações, não permitindo que as crianças fiquem
correndo de um lado para o outro, subindo no altar ou permanecendo brincando
nos degraus de acesso, transformando a Igreja num Parque Infantil. Isto porque,
este procedimento incomoda e interfere na liturgia, também aborrece os idosos e
as pessoas que querem permanecer interiorizadas em suas orações. Para que as
crianças não tenham esse hábito, é necessário os Pais ensiná-las e dialogar com
elas, explicando-lhes e as educando com o devido respeito pelas coisas
sagradas.
Lidar com as crianças exige calma, observação e
pedagogia, sobretudo, muito amor. Porque na base do castigo e da repreensão,
ninguém conseguirá educá-las.
Isto significa dizer, que ao longo da existência, os
pais não devem somente ficar preocupados com o trabalho, com o que precisarão
produzir para ganhar mais dinheiro. Sem dúvida, isto é muito importante e
necessário, mas os filhos não podem e não devem ser esquecidos. Esta é uma
condição essencial para que a família alcance a almejada felicidade vivencial.
Também, os pais deverão ser curiosos em saber e
conhecer, quem são as companhias de seus filhos nos estudos, nos passeios e nas
brincadeiras. Não poderão ficar indiferentes ao desempenho escolar das
crianças. Terão que exigir sempre mais e aplaudi-las quando elas alcançarem
sucesso nos estudos.
Devem também ser cuidadosos
na escolha do Nome da criança.
O Nome deve ser escolhido com critério e
responsabilidade, não se esquecendo de que amanhã aquela criança será um homem
ou uma mulher, e eles não deverão envergonhar-se de seu próprio Nome. Isto
porque, um Nome “feio” ou “estranho”, poderá lhes causar problemas
discriminatórios, inclusive poderá atuar no próprio íntimo de cada um causando
certa inibição, ou certo constrangimento, por causa do “nome esquisito” que foi
colocado pelos Pais. Por isso, os Pais devem pensar e decidir juntos, qual o
melhor nome para colocar nos filhos, porque também, este cuidado evitará que
eles sejam humilhados pelos companheiros e em consequência venham até adquirir
um “trauma”, que muito poderá interferir no êxito de sua vida.
Também os Padrinhos, que foram escolhidos com tanto
amor, devem procurar dar o bom exemplo e quando necessário, devem dar bons
conselhos ao afilhado.
Por isso mesmo, os pais não devem escolher os
padrinhos visando vantagens materiais, posição social ou visando ganhar bons
presentes. O Catecismo Católico determina que os padrinhos sejam casados na
Igreja e no Civil, que frequentem a Santa Missa e sejam bons cristãos. Porque
na verdade, só assim eles poderão colaborar efetivamente na educação e na
formação do bom caráter do afilhado.
As Normas e Diretrizes Diocesanas aceitam também
Padrinhos Solteiros, que tenham a idade mínima de 16 anos. Todavia eles terão
que ser bons cristãos, para darem o seu bom exemplo aos afilhados.